CASTELO

Hoje tô assim: meio poesia, meio sei lá o quê.
Bom, deixa pra lá porque vida é vida, nem todos os dias são iguais, nada como um dia depois do outro, depois da tempestade vem a bonança... e por aí vai um monte de bobagens que a gente acha que são verdades absolutas de tanto ouvir, dos mais velhos, desde criança.
Vamos deixar de prosa e cair de boca num poema, um velho poema meu:


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CASTELO

Entro nas lendas
Torno-me uma delas
Sou coroada nesse castelo

Mas dele retiro
Pedra por pedra
Assim descortino a vida

Lanço minh'alma no ar
E essa dor não mata
Faz-me mais forte

Respiro clorofila
Encho os pulmões de água
Jogo-me rio abaixo

Sigo o curso do nada
Não nado
Apenas me deixo ir.

Lua Nua