terça-feira, 31 de outubro de 2006

A MUSA DO POETA


O QUE É UM POETA?

Dizem-no diferente
Abstrato, melancólico, sonhador,
Arquiteto de utopias
Engenheiro de sonhos
Mercador de luxúrias
Comerciante de arte
O poeta é indefinível.
O sentimento interior
à luz da humilde sabedoria
Laça nos tempos
Escreve, canta, implora
Um sábio humilde
Recordando princípios
Exemplos postergados
Anunciando estrelas guiadoras.
O poeta se exalta
Chora por qualquer coisa
Assiste e é assistido
Nesta doce infância de ocaso
Triste por tantos erros
Vira bedel de disciplina
Daqueles alunos da vida
São filhos e irmãos.
De minha infância recordo
Na tv, o poeta português
Declamando pungidos exaltos
De pérsicos, camonianos
Quantos menestréis
Almas que nos pairam
No legado do banquete
Saciando fome e saber
Quem dera ser poeta
Brincar com letras e arrumá-las
Delas construir castelo
Sem muros, sem fossos
E lá dentro,
A Humanidade
Num imenso orfeão
Liras e trombetas
Ao Deus Maior entoando
Graças por Tudo e por Todos
A Casa-Terra doada
A natureza indiscritível
Gente tão infante, amorosa,
Onde haja apenas dia
E algozes redivivos pelo Bem.
Farei sim
Se dom Ele me der
Muito mais, acreditem
Nesse chegar lento
Àquele caminho de luz
E juntos, comigo trazer
Todos, pro castelos a refulgir,
Perpétuos poetas
Num Hino de Amor e Paz.

Armando Andrade
A todos os Poetas de Todos os Tempos


Melanie
No Grupo Delasnieve Daspet, me colocaram como poeta no Grupo Poetas do Mundo.
São tantos que invejo nada ser.
E dia 20 foi o Dia Deles.
Eis a mensagem que hoje mandei.
Você é uma musa e porisso lhe encaminho cópia
Lhe adoro irmã
Ivo


*******************************

Obrigada de coração, Ivo...


AO IVO

Sei que somos irmãos
Nessa imensa viagem cósmica
Irmãos feitos da mesma matéria
De sons e silêncios
De aceitação sem passividade
De força sem garras agressivas
De direcionamentos com liberdade

Sei que já andamos
E andaremos
Caminhos paralelos.
Sua força acordou a minha
Seu direcionamento
Muito me guiou
E guiará

Somos crianças
E idosos
Ao longo dos séculos
Somos por vezes
Homens ou mulheres
Mas, principalmente fomos
Feitos de amor.

Melanie

domingo, 29 de outubro de 2006

VOVÓ E VOVÔ


Eles se conheceram no interior de Minas Gerais. Ela, filha de fazendeiros, ele também. Viram-se uma vez só, e foi o suficiente para saberem que tinham achado seu par nessa vida.

A segunda vez que se viram foi num baile. Ele, além de ser um exímio sanfoneiro (acordeom, ou gaita - o nome depende de onde se está nesse Brasilzão), pelo que ela contou, também dançava muito bem.
E foi dançando que ele disse que iria à casa dela a pedir em casamento.

E foi.

Mesmo casados continuavam saindo, dançando, ele tocando... Mesmo com a vinda dos primeiros filhos continuavam saindo, dançando, ele tocando. Mas foram muitos filhos e ela já não podia mais sair, dançar, mas ele ainda tocava.

Acho que ela queria que ele ficasse mais tempo com ela e os filhos em casa.

Acho que ele queria mais ela saindo, dançando e ele tocando.

Mas nem sempre a vida nos permite estar onde gostaríamos de estar.

Ela ficou com os filhos e a lida diária.

E ele com a sanfona até morrer.

Melanie

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

LIGEIRAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A FALÁCIA DEMOCRÁTICA

(Texto extraído do discurso de abertura da sessão de quinta-feira 26 de Outubro de 6247 AFK, do Templo de Maat no Brasil, proferido pelo Grande Kheri-Heb, o Grande Irmão JVR)

De um modo geral as pessoas acreditam que vivendo sob uma democracia estarão de alguma forma participando da tomada de decisões que norteará os rumos de um país para o futuro, economicamente e socialmente. No entanto, isso não vale para as massas votantes. Em primeiro lugar, a propalada democracia já não existe a partir do momento em que o voto é obrigatório, acenando-se com punições e sanções para quem não votar. Nos Estados Unidos, por exemplo, que se dizem uma nação democrática e difusora da democracia, o voto não é obrigatório e os políticos parecem acreditar que apenas uma elite vota, portanto não vale a pena fazer nada pelos parias (veja-se o caso da New Orleans açoitada por uma catástrofe climática e simplesmente abandonada pela Casa Branca). Os pobres, por sua vez, se abstêm de votar porque acham que os políticos não farão nada por eles. No Terceiro Mundo as condições ditas democráticas são sobejamente conhecidas: ou vai para a presidência um demagogo populista capaz de promover baixarias nacionalistas na ONU ou assume um ilustrado representante das elites oligárquicas. Em qualquer um desses casos sobrevive e viceja como sensato aquele que se mostrar mais subserviente ao governo Americano. O uso das pesquisas de intenção de voto é aceito e elas são realizadas sobre uma amostragem de alguns milhares de eleitores, não podendo representar, por conseguinte, a verdade de um universo votante composto por mais de cem milhões de indivíduos. No caso de uma reeleição, é fácil para quem está no governo comprar um instituto de pesquisas e fabricar a "prévia eleitoral" pela qual as massas imbecilizadas pelo sistema se guiarão na hora do voto. O máximo do desrespeito para com os contribuintes que sustentam o sistema podre, patrocinado pelos banqueiros internacionais, ocorre quando a justiça eleitoral impõe pelo rádio e pela TV seu programa gratuito com o marketing dos candidatos. Essa imposição é totalmente antidemocrática e a justiça eleitoral deveria colocar no ar uma rádio e uma TV suas para que ali fosse colocado o horário eleitoral gratuito: os interessados em assisti-lo poderiam, então, sintonizar essas emissoras, ao invés de serem obrigados a desligar seus aparelhos ante a imposição arbitrária.

O capital internacional apátrida está sempre no controle dos processos acima descritos, tanto no que tange a pão e circo para o povo como no que se refere a manipular os instrumentos democráticos. É impressionante ver como os banqueiros corruptos e seus abjetos prepostos, os executivos sem escrúpulos, se mexem rapidamente no fundo do lodaçal moral no qual refocilam, em sempre inovadas tentativas de arrancar uns níqueis dos indefesos correntistas com o aval governamental. A agilidade com que implementam assaltos do governo ao bolso dos cidadãos também demonstra a eficácia com que esses criminosos de colarinho branco agem. Lembram-se do confisco no curto e grosso governo Collor, cinicamente efetivado após declarações peremptórias em sentido contrário feitas pela TV por aquele tipo feminino lombrosiano, de cara quadrada, o mesmo que trocava bolinadas com um fauno gagá na mesa de reunião do Planalto? Naquele ocasião, obviamente as contas-correntes dos poderosos não foram atingidas, pois eles foram avisados com antecedência pelos próprios banqueiros. Os demais foram duramente espoliados de seus haveres e alguns chegaram até a se matar, como um companheiro nosso, oficial do Exército, o que bem demonstra até que ponto as pessoas são acuadas pelo desespero ante governos tidos como democráticos. É bem verdade que houve a restituição, tempos depois, mas os danos - físicos e morais - nunca puderam ser reparados. Isso também foi feito na Argentina e no Chile os neoliberais de Pinochet simplesmente acabaram com as pensões da previdência social. Na verdade, o lado sombrio do Governo Oculto do Mundo é que está no controle de todo esse processo que se destina a criar campos de espoliação para os imperialistas, encabeçados pelos governos dos Estados Unidos da América e do Reino Unido, os líderes do chamado Clube Cristão.

O quadro que acabamos de mostrar com essas ligeiras pinceladas é o da globalização desumana em marcha, contra o qual nossa Organização se apresenta na Internet, acenando com soluções que sejam capazes de amenizar o sofrimento e a miséria de tantos milhões de seres, aos quais as elites têm sempre se mostrado absolutamente indiferentes. De início é preciso saber que mudando os governantes dentro das opções de escolha apresentadas pelo sistema nada será modificado, pois assumirão a administração pública apenas versões diferentes de uma mesma coisa: os capachos do Capitólio. Os problemas são extremamente difíceis e muito complicados, não podendo ser resolvidos com medidas bombásticas apregoadas na propaganda eleitoral e jamais cumpridas na prática, depois das eleições, porque simplesmente não podem ser implementadas. No Rio de Janeiro, por exemplo, não é viável controlar a criminalidade apenas combatendo o crime: é preciso negociar com ele, porque seu poder de fogo é enorme e a máquina pública teoricamente destinada a coibi-lo não funciona direito há muito tempo, por corrupção e por falta de condições técnicas. O mesmo se dá em termos nacionais, se transpusermos o problema para a esfera da lisura na destinação do dinheiro dos impostos. Assim, só poderá haver uma solução efetiva quando tiver sido feita uma modificação radical na índole de cada cidadão, de uma forma tal que se compreenda que cada ato individual contra a ética inviabiliza o funcionamento correto do todo coletivo. Não adianta persistir na ilusão de que apenas escolhendo um ou outro candidato se irá mudar algo para melhor. Isto só acontecerá quando cada um dos cidadãos tiver se decidido a mudar ele próprio para melhor.

Nos rumos desse objetivo nossa Organização mantém na Internet o Site Brasileiro de Illuminates of Kemet, que apresenta uma série de monografias públicas e totalmente gratuitas destinadas a esclarecer metafisicamente as massas a respeito de questões relacionadas com uma vida melhor para todos aqui e a agora. O endereço: http://svmmvmbonvm.org/aum_muh.html

Visite nosso site: http://socex.net
Mural da Ufologia Brasileira: http://mural_da_ufologia.blogspot.com


OBS: Recebi por mail.

quarta-feira, 25 de outubro de 2006

MATO


Gosto do mato e do cheiro das coisas do campo
Das pequenas flores que nascem no chão
Ler no céu se de noite vem chuva,
Ou se rola viola em roda da fogueira.

Gosto do olhar manso dos bois
Do leite quando sai da vaca
De ver bezerro mamando
Da vida seguir seu curso.

Ah! Gosto muito de ver carreira de formigas
E abelhas lá e cá no trabalho diário
Do ciúme das fêmeas quando pari
E de dormir cheirando alfazema.

Gosto do meu lagarto chamado Dom Bob
E do gambá chamado Flor
Gosto do barulho da chuva
Batendo na minha janela.

Gosto de ver as aves vadias
Cortando o céu azul
Ou se escondendo dos temporais
De ver a copa das árvores da minha cama.

Gosto dos ciclos da vida
Do frio, do calor, da chuva e de amor
Gosto demais da mãe
Da minha Mãe Natureza.

Melanie
25/10/2006

terça-feira, 24 de outubro de 2006

FRANCISCO DE ASSIS



Estou ouvindo um CD do Marcus Viana chamado Francisco de Assis, aí entrei no fotologo do meu amigo Robério Carneiro e vi esta belíssima foto.


Ainda não entendi o porquê, mas este santo me emociona...

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

COMEÇANDO A SEMANA BEM...



Existe algo melhor na vida do que começar uma segunda-feira com a faxineira telefonando para avisar que arrumou um emprego e não vai mais fazer faxina?


E lá vai D. Lua Nua...





lerê lerê - lerê lerê lerê...




OBS: O chicote foi a pedido da Silvia e combina com a pobre Escrava Lua Isaura Nua (he he he)

sábado, 21 de outubro de 2006

ENVELHECER


Acredito que as pessoas sonham com muitas coisas ao longo das suas vidas, menos uma: envelhecer. Nunca estamos preparados para aceitarmos bem as rugas, os fios brancos que insistem em nascer, a barriga que sempre chega antes de nós ou, nas mulheres, os seios caídos - sem falar no que cai nos homens, pois não quero levar pedradas - Não nos acostumamos que aquelas coisas que fazíamos tão facilmente na juventude começam a ficar cada vez mais lentas ao longo da vida.

Sim! Se envelhecer nos traz a tão sonhada maturidade e, logicamente, a diminuição dos questionamentos, das incertezas e dos medos. Ela também diminui o viço, a rapidez, a destreza.

Mas só temos dois caminhos a seguir: ou morremos jovens ou envelhecemos.

Gosto de observar as pessoas, seus detalhes, suas formas de agir, ou de driblar a vida. Aprendo muito observando.

Observei Vovó Sebá e sua dor por ter perdido algo que nem damos a devida atenção que temos, até perdermos: a liberdade de ir e vir. Depois do tombo ela tinha como seu domínio de vida a cama, ou se equilibrar nas costas de uma cadeira de plástico para ir até o banheiro.

Demos um presente para ela: um andador.

Engraçado, começamos a vida num andador e, se não morremos jovens, terminaremos nossas vidas num andador também.

Não posso descrever o que ela sentiu quando começou a dominar bem essa coisa de andar com 6 pernas - as 2 dela e as 4 do andador - mas sei que vi um brilho de menina nos olhos dela e fiquei mais feliz ainda quando seu filho me falou que depois de uns 10 dias com o andador ela voltava a ensaiar uns poucos passos sem ele.

Ah! Nossa menina é mesmo uma guerreira!!!! E eu me orgulho dela!

Melanie

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